domingo, 3 de outubro de 2010

A culpa é toda sua e nunca foi

A mente habita um labirinto
Palpites do instinto...
Atitudes inconscientes
Trazem à tona o que estava recalcado
E o que deriva disso
Certamente já estava programado...
Outra vez alguém desvia o meu caminho
Da mesma forma que um outro desviou
Um ano ou dois, três quem sabe
E já não se sabe o que é que desandou...
Pra falar a verdade
Afinidade não define amizade
Como amizade define cumplicidade
Se nada disso se define mais
Resta, enfim, minha tão merecida paz!

sábado, 31 de julho de 2010

Um Nó.

Hoje, dias tão iguais
Aos dias que jamais
Esperei...
Ontem, enquanto presente
Dias comuns
Ontem, enquanto passado
Dias melhores
Amanhã, resultado do hoje
Que sentido terá?
Amanhã, diferente de tudo
Penso que posso mudar.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Não subestime a minha rima

Doce o fato
Decorrente do acaso
Cobiçado e esperado
Porém, não forjado

Belo o evento
Que dura um intervalo de tempo
Lento e à jato
Como o vento ou um boato

Suave o incidente
Por vezes, indecente
Subversivo e prudente
Sem constituir-se incoerente!

domingo, 4 de abril de 2010

Enquanto o tempo acelera e pede pressa

A intensidade do que você faz
Pode estar em como você aproveita o seu tempo
Ou em como você o desperdiça...

Mas qual o parâmetro pra essa tal intensidade?
No que você se baseia quando pensa que fez muito pouco,
Enquanto podia ter feito muito mais?
Ou quando você deita
E pensa, consigo mesmo, que não poderia ter feito melhor?

Na verdade,
A questão não é o ponto de vista...
Nem a causa que o argumenta!
Talvez seu efeito, eu diria...

Pare e repare,
As consequências, boas ou ruins, não são explícitas
Pelo contrário, são implícitas
Ocultam-se como podem
Acumulam-se,
Tentam de algum modo chamar a sua atenção,
Mas você as ignora
Porque não as enxerga até que tomem um proporção maior...

No final das contas,
O resultado pode ser indiferente
Ou pode fazer toda a diferença
Se é que isso lhe interessa!

domingo, 14 de março de 2010

"Porque o conceito de 'palha' é relativo, oras!"


Qual é o seu conceito...
O meu,
O nosso,
O da vida,
O da física,
O da música?!

Quais são as artimanhas...
As entrelinhas,
As dúvidas,
As certezas,
As letras?!

Qual é a teoria...
A hipótese,
A experiência,
A crença,
A prova?!

Qual é a resposta...
Que diverge,
Que converge,
Que limita,
Que extrapola?!

sábado, 6 de março de 2010

Pode ser porque eu não tenho, ou não

Quase sem querer
Talvez eu queira realmente
Agora,
O que definitivamente não gostaria de admitir!

Vai saber o que pode se tornar necessário
Com o decorrer dos dias, do tempo
Afinal,
O que até um dia desses
Me parecia tão desprovido de sentido
Hoje quase me faz falta...

Pensando bem...
Já não sei também se o meu quase
É só uma linha tênue
Entre a verdade e a minha vontade,
Ou se é mesmo o que deve ser
Instantâneo, momentâneo...
Passageiro,
E eu espero que seja!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Little London

Alguma coisa tem me deixado fora do ar ultimamente
Sei lá,
Deve ser a mudança de estação
Ou então, o meu passado que esqueceu de voltar
Será algo que eu fiz?
Talvez aquilo que não queria ter feito,
Uma regra que eu não segui!

Me perturba, me derruba,
Me enlouquece, me entorpece,
Me entristece!

Alguém, por favor
Voltem os ponteiros do relógio
Ou então
De agora em diante
Serei o que uma noite, um instante
Fez de mim!